Abra espaço

Este post é uma transcrição de Podcast – Os acordos que fazemos, clique aqui.

Tea

abra espaço

Se você se sente que está estagnada, esperando que algo melhor aconteça, é hora de simplificar.

Esperar que algo aconteça

Não sei se você já notou isso, mas muitas vezes estamos tão atribuladas, com tanta coisa para fazer que mal podemos respirar e nos pegamos esperando que algo aconteça, que alguma coisa boa mude nossa rotina. Você já sentiu isso?

Quando sinto isso, se que preciso abrir espaço.

Operar no limite, no limite do tempo, da energia, do esforço nos consome e, o pior, não nos permite enxergar o novo porque não paramos, não respiramos, não é verdade? Se a sua primeira resposta é “não tenho tempo”, “estou tão enrolada” ou qualquer versão disso, dificilmente você conseguirá fazer uma mudança positiva porque é como se estivesse rodando esse programa em sua mente que já decidiu os seus próximos inúmeros dias e, é claro, isso traz uma sensação angustiante de não haver saída.

Pense nisso

Vamos fazer uma experiência; pense nas diversas vezes em que você estava no seu limite, sem tempo para nada e de repente, algo aconteceu e forçou você a parar e abrir espaço. Isso pode acontecer de muitas maneiras, pode ser uma promoção que você perdeu, o contrato que não fechou, os clientes que sumiram, um relacionamento que acaba. A vida acontece e te força a parar.

As pessoas dizem que aprendemos pelo amor ou pela dor, não sei você, mas prefiro aprender pelo amor sempre que possível e por conta disso, hoje aprendi a estar atenta aos sinais aos sinais das minhas mudanças de humor ou de uma dorzinha aqui outra ali em meu corpo; pequenos sinais de que é preciso ajustar o caminho.

como abrir espaço

E como podemos fazer esse ajuste? Forçando uma parada para abrir espaço.

Isso me fez pensar nesse momento na Marie Kondo dizendo que devemos olhar para os itens e pensar “Isso me faz feliz?” e se não fizer, doamos o item, abrindo espaço para o novo. É claro que ela faz um decluttering na casa, mas a ideia de deixar ir o que não faz mais sentido nos agarramos é o mesmo.

Eu sei que não é fácil fazer mudanças significativas, principalmente quando falamos de um emprego ou de um relacionamento que “não me faz feliz”, seria leviano dizer que é fácil; mas não fazer nada é uma escolha, a escolha de deixar como está e isso também cobrará um preço em algum momento.

Que tal começar então com pequenas mudanças? Você ainda não consegue esvaziar um cômodo completo para que chegue o novo, metaforicamente falando, então que tal tirar uma coisinha aqui e outra ali e sinalizar para o universo que você está aberta ao novo?

A capricorniana que há em mim sugere que você pegue um caderno e um lápis e anote tudo aquilo que te incomoda, sufoca, consome seu tempo sem trazer alegria e que rouba sua energia e decida de quais delas pode se afastar, fazer diferente.

O mais interessante disso é que esse exercício é como um músculo, você vai ganhando força e confiança para fazer mudanças cada vez mais significativas e o universo responde de acordo.

““Nosso ambiente é como um espelho, refletindo o que está acontecendo dentro de nós e, por sua vez, afeta nosso bem-estar. Se estamos desanimados, desanimados e não cuidamos de nós mesmos como deveríamos, nossas casas também podem sofrer.”

— Melissa Michaels

nossas emoções e nossa casa

Há um livro chamado Dwelling, ainda sem título em português, em que a autoroa -Melissa Michaels – faz um paralelo sobre nossas emoções e nossa casa. O livro está organizado nos seguintes capítulos: Convite, Bem-estar, Santuário, Encantamento, Sabor, Racionalização, Forrageamento, Nutrição, Coleta e Prosperidade.

A autora se descreve como uma pessoa absolutamente caseira e diz que “a relação entre como nos sentimos, a maneira como vivemos e a casa em que moramos é tão inspiradora quanto importante”. Ela faz uma ligação muito clara entre o estado de nossas casas e nossa vida interior: que o caos em um alimentará ou criará o caos no outro. Melissa não julga as pessoas por terem uma casa bagunçada: sua própria história é de questões que criaram ou encorajaram uma vida bagunçada, e ela fala com calma e honestidade sobre a luta que teve para criar um lugar acolhedor, um lar e um estilo de vida que incentivasse a saúde e bem-estar.

Melissa fala de começar pequeno, exatamente onde você está nesse momento e criar um fluxo mais ágil, simplificar.

Acredito que essa seja a palavra-chave: simplificar.

Simplificar

Simplificar pode ter significados diferentes para cada pessoa. O que ela significa para você? Como você imagina uma vida mais simplificada?

Acredito que o exercício de desapegar de objetos e roupas seja uma maneira de ganharmos musculatura e confiança para depois fazermos mudanças maiores, sem contar que ao agilizarmos e simplificarmos nossa casa, nossa rotina, nós ganhamos tempo. E muito cuidado aqui! Esse tempo ganho será muito mais útil para nos reenergizarmos se não corrermos para colocar outra atividade nesse espaço. Conseguiu abrir um tempinho para respirar? Então faça isso mesmo, respire, pause, tome um café ou um chá e deixe esse espaço aberto gerando movimento.

Nesse ponto, a Melissa aconselha reservar alguns minutos por dia para montar um ritual de autocuidado, apenas um bule de chá ou um banho, um capítulo de livro ou um tempinho de elaboração: apenas algo que alimente sua alma.

Flor sem fundo

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