O corpo fala
A Pele e a nossa proteção
A pele é o maior órgão do corpo e nos protege do mundo, do que nos cerca; além de ser nosso contato com a vida.
Ela expressa as emoções que o externo causa em nós, seja a palidez em um momento de medo ou o rubor quando nos envergonhamos.
Podemos dizer que ela é o órgão dos relacionamentos interpessoais, da comunicação, de proteção de nossa individualidade. Quando somos constantemente afetados pelo que nos rodeia, manifestamos isso em nossa pele.
Nós e o externo
O contato com nossa pele é uma escolha direta daquilo com o que queremos ter trocas. O surgimento de problemas de pele como eczema, verrugas e mesmo furúnculos, mostra pensamentos conflitantes; muitas vezes uma irritação profunda que mostra que nossos desejos não foram respeitados, que nossos limites foram violados, que não nos sentimentos compreendidos ou que somos rígidos e dominadores.
Quando queremos que as coisas aconteçam da nossa maneira e isso não acontece, podemos nos sentir contraraidos, irritados e mais uma vez esse sentimento interno que não é expresso claramente pode surgir na pele. Há nesse caso um excesso de rigidez nas interações.
O que trazemos por dentro vem à tona
Os problemas de pele são um reflexo do que trazemos dentro de nós.
É o corpo dizendo que algo reprimido no interior está tentando se expressar e vir à tona.
Os problemas de pele também estão diretamente relacionados à qualidade do sangue, pois ele reflete o que está fluindo dentro de nós na forma de pensamentos, ideias e emoções; nesse caso, pensamentos tóxicos ou negativos.
Na metafísica, o sangue é denominado o fiel representante da alma.
Que emoções estão fluindo em você?
“É capaz quem pensa que é capaz.”
– Buda
Muitas vezes não percebemos as emoções que nos envolvem, pode ser que você tenha ouvido algo e não gostou e ficou chateado ou irritado, basta isso para seu corpo reagir, para que hormônios fluam na sua corrente sanguínea.
Você sabia que na Medicina Tradicional Chinesa, o fígado é o órgão associado à raiva?
Quando somos raivosos e facilmente irritáveis é o nosso fígado que reage a isso e afeta a qualidade do sangue, por isso podemos cuidar da alimentação para fortalecer nosso fígado e, é claro, vigiar a raiva para que ela não nos domine.
Esses sentimentos que normalmente rotulamos de negativo são, na verdade, uma parte inerente de quem somos e sempre estarão presente, o que precisamos aprender é não deixar que eles nos controlem e desequilibrem, aprender a usá-los de forma positiva.
Você pode fazer uma autoanálise observando:
- Você tem paz de espírito?
- Seu sono é tranquilo ou você se revira a noite toda?
- Você ronca? (O ronco é um sinal de conflitos internos, do desejo de ficar sozinho ao menos à noite)
- Traz tanta rigidez que na mesma posição que se deita na cama acorda?
Essa análise do seu sono mostra se você está se debatendo com seus conflitos internos, com o que não expressou livremente e luta contra a realidade que está vivendo.
Meditar para acalmar
A meditação e os exercícios de atenção plena podem ser uma ótima opção para que você consiga perceber as suas emoções e pensamentos que estão fluindo por você.
Pode ser que você pense “Poxa Cíntia, atenção plena é a resposta pra tudo?“, eu sei que falo muito sobre esse tema aqui no canal, mas vou insistir nessa tecla.
Quantas vezes você ficou remoendo um diálogo interno por horas? Ou várias vezes ao longo do dia?
Cada vez que você faz isso, ativa a resposta fisiológica do seu corpo e revive a experiência, seja ela positiva ou negativa. É claro que se for positivo, seu corpo agradece; mas e quando não for? Nesse caso, seu corpo sofre.
Eu insisto nos exercícios de atenção plena porque eles nos colocam em contato com o que trazemos dentro de nós, que está diretamente associado com a resposta da nossa pele.
Com a prática, você se torna mais atento às suas emoções e consegue interromper quando forem negativas.
Então embora a atenção plena não seja a resposta para tudo, ela é uma boa maneira de você estar atento ao que traz por dentro.